domingo, 16 de junho de 2013

Escola Chapéu do Sol participará do Mais Cultura nas Escolas

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Chapéu do Sol inscreveu um projeto no Mais Cultura nas Escolas. O programa é uma parceria interministerial firmado entre Ministério da Cultura e Ministério da Educação e procura fomentar ações que promovam o encontro entre experiências culturais e artísticas nas comunidades. O projeto deve ser elaborado em conjunto por gestores de escolas públicas, artistas, produtores e agentes culturais. Um dos critérios para a participação é ter as ideias do projeto contempladas no PPP (Plano Politico Pedagógico) da escola. O PPP da EMEF. Chapéu do Sol, na pág.17 ressalta a importância de trabalhar e valorizar as diferenças e culturas,bem como a lei 10.639/03.  O projeto inscrito busca o aprofundamento e a consolidação das ações relacionadas as temáticas indígenas e afro, já trabalhadas. O projeto intitulado: A questão do negro e do indígena na escola: novos paradigmas educacionais através da arte contemporânea, foi desenvolvido pela diretora Luciane Andriotti, vice-diretora Edianie Bardoni  e professora de artes Isabel Viladino. Os demais professores da escola foram consultados em reunião pedagógica e tiveram a oportunidade de dar suas ideias para que estas fossem agregadas ao projeto.A comunidade escolar participa  nesta etapa inicial através de sua representação no Conselho Escolar. Agora,é só aguardar o resultado,que deverá sair no segundo semestre. As 5 mil escolas contempladas irão ganhar 20 mil reais para colocar o projeto em prática que deverá ter atividades e envolvimento efetivo de toda a comunidade escolar. Boa sorte Chapéu do Sol!

Alunos visitam Territórios Negros de Porto Alegre

Os alunos das turmas de B30 e C10 acompanhados por seus professores, visitaram os Territórios Negros de Porto Alegre no dia 06 de junho de 2013. O roteiro,que inicia pela praça Brigadeiro Sampaio,antigo largo da Foca; Igreja das Dores, mercado Público, Parque da Redenção e Areal da Baronesa, revelou ao grupo, conhecimentos sobre a cidade, até então desconhecidos. A professora Adriana Ferreira comenta que a atividade foi uma a"verdadeira aula a céu aberto", que os alunos ficaram muito impressionados com as histórias do Mercado Público e acharam engraçado a descoberta do significado da expressão não ter "nem eira nem beira",devido a um detalhe arquitetônico na fachada das casas antigas. A professora Mariane Guedes considerou a experiência muito positiva e completa dizendo que foi realizado um trabalho em sala de aula com os alunos antes e depois do passeio. O ônibus dos Territórios Negros de Porto Alegre conta com uma guia de turismo que vai contando a história de cada momento ou monumento histórico da cidade que esteja relacionada a historiografia do negro na capital gaúcha. As coordenadoras do Grupo Cultural Baobá entendem que a atividade, é uma boa oportunidade de inicia e ou aprofundar o conhecimento sobre a importante participação do negro na construção social, política e cultural de nosso estado.

II Semana Indígena do Chapéu do Sol

No mês de abril, foi realizada a segunda Semana indígena da Escola Chapéu do Sol. As atividades,coordenadas pela professora Patrícia Russo,foram diversificadas e aconteceram nos três turnos de funcionamento da escola. A secretária municipal de educação Cleci Jurach, compareceu no primeiro dia de atividades acompanhada pela diretora pedagógica Eliane Meletti. Na ocasião,os alunos do LIAU explicaram sobre os materiais expostos: elementos naturais,filtro dos sonhos,roupas e acessórios indígenas.  A semana teve formação de professores com lideranças Kaigang (sr. João Padilha e Sra Erondina) os alunos assistiram a apresentação de canto de dança do grupo Mbuyá-Guarani Nhãmãnd´uã Tekoá Pindó Mirim de Itapuã que também participaram de sessão de cinema e hora de leitura relacionada a temática. Os professores arrecadaram alimentos e roupas  para serem doadas as aldeias como mais uma maneira de integração colaborativa entre diferentes culturas.

Alunos da C30 fazem grafitagem com a CUFA

Alunos da C30/2012




Os alunos da C30/2012 concluíram o ano com um presente para a comunidade e colegas que permaneceram na escola. Em uma parceria com a CUFA-Central Única das Favelas, foi realizado um projeto que previa a realização de oficinas de fotografia, grafitagem e teatro a partir das leituras do livro os Zumbis da Pedra  de autoria de Manoel Soares. No final das atividades, foi realizado uma apresentação de teatro na escola e na Usina do Gasômetro, em evento conjunto com outras escolas. A grafitagem foi realizada da fachada da escola com tintas e sprays.

Resultado da Pesquisa: Como eu me vejo no espelho?

No ano passado a escola realizou uma pesquisa intitulada: Como eu me vejo no espelho? O objetivo desta pesquisa era observar como os alunos se auto declaram baseado no que eles veem no espelho todos os dias. A pesquisa se deu por amostragem com alunos das turmas A13, A14, A22, B11, B12, B13, B31, B32, B33, C11, C12, C13, C14, C21, C22, C23, C24, C31, C32, C33, T3, T4 ,T5, T6 e a turma experimental do Ensino Médio. A Equipe de nutrição (8 pessoas) também fez parte da pesquisa.
Abaixo segue o gráfico com o percentual das respostas dos participantes da pesquisa.
Alunos participam de pesquisa étnica
Os dado da pesquisa evidenciam que somados, os não brancos chegam 57%,superando os que se declaram brancos, que ficou em 47%. Este resultado é um indicativo que mostra a população que é atendida pela escola,majoritariamente mestiça,desmistificando a ideia de que o Rio grande do Sul há presença do afrodescendente é pequena. Outro dado a ser considerado, é o fato de os alunos se sentirem a vontade para se auto-declararem afrodescendente ou indígena,o que demonstra que a auto estima em identificar-se com este grupo, não está abalada. As coordenadoras do Grupo Cultural Baobá acreditam que os trabalhos realizados na escola(exposições fotográfica,presença de personalidades negras,grupo de pagode,murais com imagem positiva do negro e do indígena,entre outros) contribuem para este novo padrão na visibilidade entre os alunos. No gráfico, 7% dos  entrevistados usaram outras denominações para se auto-denominarem. Entenda-se por "outros": escurinho, café com leite, amarelo-queimado, loiro e não sei. O motivo pelo qual surgem estas denominações pode ser relacionado a não saber de fato o que colocar ou por não querem se identificar com o que consideram uma identidade negativa devido aos processos histórico do nosso país. Para este ano de 2013, a ideia é realizar a pesquisa com o grupo de professores.