sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Jornalista e escritor Manoel Soares faz palestra na escola Chapéu do Sol

Palestra de Manoel Soares na quadra coberta
O dia 24 de setembro, começou animado na EMEF. Chapéu do Sol. Os alunos dos anos finais do ensino fundamental receberam a visita do escritor e jornalista Manoel Soares um dos escritores do livro: Escudeiro da Luz em:" Os Zumbis da Pedra" e do ilustrador Daniel Santos.
Daniel,Sônia,Luciane,Manoel e Edianie após a palestra


Eles foram recebidos na quadra coberta da escola, que foi decorada com produções escritas e desenhos dos alunos alusivos a temática e ao livro.Os convidados foram recebidos pela direção e coordenadoras do Grupo Cultural Baobá. Em sua palestra aos estudantes, Manoel falou sobre os perigos sobre os convites que os alunos recebem para iniciaram em um caminho que é difícil voltar. Ele convidou alguns alunos  ao palco e fez uma representação de como os estes devem agir frente a situações envolvendo a temática. No caso,mostrou que quem comanda as nossas ações é o cérebro,e este dever ser forte o bastante para não se deixar levar por conversa ou estímulos falsos.Explicou que o crac é um adroga que vicia muito rapidamente e pode levar a morte morte. Falou sobre quais substâncias são encontradas na droga,causando repulsa e preocupação por parte dos adolescentes, o que ela a enteder que estarão muito mais atentos a qualquer contato que venham ter com este produto fatal! Em todos os momentos, os alunos foram levados a pereceberem que são inteligentes e fortes para tomares a decisaão certa e dizer não,quando alguém lhes oferecer qualquer tipo de droga e de que o fato de alguém ter na familia alguma pessoa viciada em qualquer que seja a droga,não deve ser estímulo para fazer o mesmo e sim,buscar ajuda para esta pessoa,assim como se algum colega vir com esta conversa.

Manoel convida os professores para a atividade
A aluna Franciele,representante do Grêmio estudantil,comentou que a palestra foi muito boa,pois falou de coisas sérias e importantes para os alunos. O aluno Alexandrer, diz que gostou de tudo e que foi fácil de entender o que foi falado.
A atividade durou mais de uma hora e os alunos ficaram muito atentos as palavras do autor, que de uma maneira descontraída falou de um tema que é pesado,mas que foi bem compreendido pelos alunos. A palestra é integrante do Projeto que a CUFA-Central Única das Favelas,está desenvolvendo na escola a partir da leitura do livro acima citado.

Biblioteca Mário Quintana possui canto cantos temáticos.


No detalhe livros e panôs no canto afro.
Espaço destinado a cultura indígena
Pensando na visibilidade e acesso aos livros que contemplem a obrigatoriedade do ensino da cultura africana,afrobrasileira e indígena no currículo das escolas, a biblioteca Mário Quintana, da EMEF. Chapéu do Sol,reorganizou seus espaços, dando especial atenção a temática da negritude e indígena.A professora Sônia, que trabalha na biblioteca no turno da manhã e possui uma turma de progressão no turno da tarde, nos conta como ficaram organizados os espaços:pensamos em ter na nossa biblioteca dois cantos tematicos. Em um canto,em uma estante,ficaram os livros de literatura infantil,histórias,lendas,contos,mitos,textos e reportagens relacionados as africanidades. No outro canto temático,os livros com ênfase na cultura indígena do Brasil e do Rio Grande do Sul,romances,livros infantis,também de história,poesia e artigos. Os cantos temáticos receberam decoração específica de cada povo no abril deste ano,quando foram criados. Pode-se ver nocanto indígena as toras utilizadas nas atividades da 1ª Semana Indigena,produção gráfica dos alunos,fotos e materiais da cultura indígena. O canto afro foi ornamentado com tecido,pequena escultura e panôs confeccionados pelos alunos.A melhor utilização dos espaços pelos professores,alunos e comunidades reforça a importância de que o conhecimento é a melhor forma de combater  a discriminação e o racismo. Estes cantos, são muito procurados pelos professores e alunos,em busca de saberes e novidades. Conclui a professora Sônia!

domingo, 16 de setembro de 2012

O DESTINO DOS NEGROS FARRAPOS(Revolução Farroupilha)

Um novo olhar sobre a Rev. Farroupilha

O escritor e historiador Juremir Machada da Silva, lançou em 2011, o livro História Regional da Infâmia:o destino dos negros farrapos e outras iniquidades brasileiras (ou como se produzem os imaginários). O escritor,através de um estudo minucioso,que contou com a colaboração de outros pesquisadores,foi em busca de respostas e na composição da destruição de mitos a cerca dos heróis Farroupilhas e negros difundidas ao longo de tantas décadas. Os editores dizem que o escritor,sem receio de tocar em tabus da história gaúcha,  alimenta a discussão sobre um a possível traição na batalha de Porongos,quando grande parte dos negros foi massacrada num ataque surpresa das forças imperiais,sustentando que a batalha não passou de um estratagema para a aniquilação dos negros revolucionários.Revelando que os bastidores desta revolução,não é tal qual a que aprendemos nos bancos escolares,pois em quase dez anos de lutas,contabilizou-se menos de 3 mil mortos,o que reduz o conflito a uma dimensão infinitamente menor do que a que conhecemos.O autor,em seu editorial desta semana,no Jornal Correio do Povo,reforça que este livro deveria ser leitura obrigatória nas escolas,como uma maneira de contar uma versão que ainda é pouco conhecida por educadores e educandos,o que mudaria drasticamente a nossa visão sobre a tão comemorada revolução e a maneira de ver o negro,suas lutas e contribuições ao nosso Estado.

BAOBÁ DIVULGA:Prêmio Saúde da População Negra

A Secretaria Municipal da Saúde -SMS,lançou no mês de agosto,em Porto Alegre, a 2ª Edição do Prêmio em saúde da população Negra. As inscrições estão abertas e vão até o dia 04 de novembro.A premiação é organizada em parceria com o Mininistério da Saúde e  está dividida em duas categogias:experiências bem-sucedidas que estejam contribuindo para melhorar a atenção à saúde desta populção e outra para artigos acadêmicos sobre o tema,com foco nos serviços prestados pelo SUS.Os interessados podem acessar o edital e se inscrever acessando o linck na página da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. os vencedores das duas categorias participarão de intercãmbio com a Secretaria Municipal de Moçambique (África) com despesas cobertas peloMinistéio da Saúde. Este prêmio foi criado no ano passado e visa incentivar a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra,a premiação se justifica,pois esta população tem apresentado condições de saúde desiguais em relação a população branca em todo país. Estas e outras iniciativas contam a participação do Movimento Negro.

Endereço do linck com acesso a notícia:  http://www2.portoalegre.rs.gov.br/sms/default.php?p_noticia
ou acessar o site da Prefeitura e procurar por Secretarias/ saúde

Bate-papo com Ivanete Pereira - CUFA

D.Ivanete Pereira e prof.Tiago falam aos alunos e profs. da EJA
Na última quinta-feira,dia 13 de setembro,os alunos da EJA participaram de um bate-papo com a dona Ivanete Pereira,mãe do escritor e jornalista Manoel Soares (RBS). Os alunos do noturno estão trabalhando o livro Os Zumbis da Pedra:o escudeiro da luz , e tiveram a oportunidade de ouvir conversar com a integrante da CUFA.
Ivanete e Rafael fazem um dueto musical
 Na ocasião, a convidada falou de sua trajetória de vida,suas dificuldades e lutas como mulher negra e mãe. A palestrante estimulou os alunos a lutarem por aquilo em que acreditam, não se deixarem abater por preconceitos e pensarem no futuro positivamente. Ivanete levou o cantor Rafael e juntos fizeram uma linda performance musical. Também participou do bate-papo o professor Tiago Maciel da Escola Santa Teresa,ele fez contribuições na area da política e históroa do Brasil.A mesa foi coordenada pelo professor Marcelo Bastos,sociólogo e professor da escola.A atividade teve apoio do Grupo Cultural Baobá e faz parte das atividades que contemplem as leis 10.639 e 11.645 no currículo da escola.

Integração escola e aldeias indígenas

Alunos da escola realizam plantio de mudas
Exposição Mybià Guarani na escola
Na semana de 20 à 25 de agosto aconteceu em nossa escola a 1ª Semana sócioambiental. Foi uma semana repleta de atividades para os alunos e comunidade escolar. A organização ficou por conta do LIAU-Laboratório de Inteligência do Ambiente Urbano, coordenado pelos alunos que fazem parte deste grupo e pela professora Patrícia. Entre as atividades estavam palestras,exposições,intercâmbio com membros de aldeias indígenas e experiências de outras escolas da rede municipal.
Cacique Cirilo realiza plantio no mato nativo
Entre os pontos altos do evento estavam a visita dos integrantes da escola indígena Mbyà-Guarani de Viamão,os alunos acompanhados por professoras e diretora realizaram uma exposição com artesanatos confeccionados por eles e realizaramn uma atividade de  integração,jogaram futebol com os alunos da escola.O guarda da escola,de origem indígena contribuiu na atividade apitando a partida que teve a vitória das alunos da escola. Mas com certeza, o mais importante foi a integração! Os alunos ficavam muito curiosos quando percebiam que os visitantes falavam uma língua diferente e se esforçavam para tentar entender o que eles estavam falando,sem sucesso! Os alunos da turma AP,profª Sônia Pinheiro contaram uma história para os convidados. O Cacique Cirilo, da aldeia da Lomba do Pinheiro-PA, realizou uma atividade de plantio de mudas no mato nativo da escola. Os alunos do 3º ciclo permaneceram  concentrados e observarama interação do cacique com a natureza e um ritual antes de cavar a terra e colocar a planta. Foram plantadas 3 mudas de espécies nativas,os alunos colaboraram no plantio.

EJA assiste a peça NAVIO NEGREIRO

Ator Antônio Marques na peça Navio Negreiro
Os alunos da EJA(educação de jovens e adultos) da EMEF. Chapéu do Sol, no mês de agosto, conheceram o Centro Municipal de Cultura,localizado na av.Érico Veríssimo. Na ocasião assistiram ao monólogo Navio Negreiro com o ator Antônio Marques. A peça conta a história de Preto Benedito,um negro filho de escravos, que passou a sua vida em uma fazenda no interior do Rio Grande do Sul, nas Charqueadas, onde foi forçado a trabalhar duramente. A peça trata dos castigos que os escravizados eram submetidos,perdas,solidão,saudades e lutas. Segundo a vice-diretora Zinara Mistrello,no primeiro momento os alunos foram supreendidos por um silêncio absoluto e na sequênscia, sons e luzes com a performance do ator. A ideia era reproduzir sonoramente o ambiente do navio,explica ela. E de fato, dava a impressão de que estávamos lá! Na peça, o ator Antônio Marques recita o poema de Castro Alves, Navio Negreiro, seu personagem tem lembranças de alguém recitando este poema na sua juventude,o que o ajuda a compreender o sofrimento do seu povo. A ida dos alunos ao teatro é uma oportunidade de reflexão sobre a temática do negro em nossa sociedade.Estudando e compreendendo os fatos de um  passado,não tão distante, é mais fáci compreender a situação do afrodescendente nos dias atuais em  nosso país. Somente iremos construir uma sociedade sem preconceitos, com o conhecimento! Parebéns aos professores da escola que, com esta iniciativa, proporcionaram aos alunos trabalhadores da EJA, esta atividade de grande valor cultural e pedagógico!

OFICINAS DA CUFA NO CHAPÉU DO SOL

A CUFA,Central Única das Favelas em parceria com a SMED,está realizando oficinas nas escolas municipais e Porto Alegre. Nossa escola foi contemplada com a livro de Manoel Soares e  Marco Cena e desde então,a turmas estão trabalhando os conceitos que aparecem no livro - não às drogas!,com atividades gráficas.
Esta parceria prevê atividades voltadas para os alunos da escola,como oficinas e palestras.No mês de abril foi dado incício a oficina de teatro com o oficineiro Renam. O grupo está preparando uma atividade de encerramento da oficina, será uma apresentação para duas turmas dos anos iniciais no dia 27/09. Os alunos estão animados e confiantes,pois também estão previstas atividades de integração com outras escolas e uma possivel aparição na televisão. No dia 13/09, iniciaram-se as oficinas de grafitagem e fotografia com os alunos do 3º ciclo.Os alunos do 7º e 8º ano participam da oficina de fotografia. A CUFA,além do oficineiro,fornece as máquinas fotográficas para o desenvolvimento da atividade. Já os alunos do último ano do ensino fundamental, participam da oficina de grafitagem. A ideia é, que através desta oportunidade e novos conhecimentos,estes alunos deixem um presente para a escola,para os alunos que ficam e os que  ingressarão. A parede fachada da entrada principal da escola está sendo preparada para receber a nova grafitagem que será criada e grafitada pelos alunos e oficineiro.Este blog estará registrando todas as etapas deste projeto, que oportuniza os alunos da escola serem protagonistas de ações positivas dentro da escola e na comunidade.

BAOBÁ PESQUISA: Como eu me vejo no espelho?

O Grupo Cultural Boabá está realizando uma pesquisa étnica entre os alunos da escola intitulada: Como eu me vejo no espelho?
O objetivo da pesquisa é saber como os alunos da escola estão construindo a sua identidade e fazer um mapeamento do número de alunos que se identifica como afro-descendente,índígena ou branco.
A atividade iniciou com os alunos na EJa(educação de jovens e adultos) no mês de maio e ainda está em andamento no diurno devido a rotina intensa da escola.
os alunos recebem uma ficha com a pergunta: Como eu me vejo no espelho? e devem marcar a alternativa que melhor condiz com o que ele se identifica: branco,negro,indígena,mulato,mestiço,pardo,amarelo e outro(que deverá especificar).
Em um segundo momento a pesquisa também será realizada com os profesosres e funcionários da escola. O resultado será divulgado neste blog e nos murais da escola na forma de gráficos que serão trabalhados em sala de aula.
Para o Grupo Baobá, o nosso estado possui um histórico de visibilidade positiva do descendetes de europeus e a imagem do negro e do indígena,vista de forma positiva,é muito pouco explorada. Estes grupos étnicos foram e continuam sendo muito importantes na formação do Rio Grande do Sul. Trabalhar a imagem positiva do negro e do indígenas na escola é um dos caminhos para desmistificar conceitos equivicados de livros didáticos,personagens de televisão,etc.,em que estes apenas aparecem como figuras de "segunda mão" no cenário da construção do estado gaúche. O que nem de longe,figura próximo da realidade!
Entre os meses de outubro e novembro serão divulgados os resultados da pesquisa,fique atento!

Você sabe o que é ser griô?

Griô é uma palavra que foi abrasileirada da palavra francesa griot  e significa "sangue que circula"! É uma tradução da palavra dieli (jéli ou djeli) na língua bamanan,do antigo império do Mali,onde hoje existem vários países do continente africano.
Griôs Márcio e Vanderlei com as profs.da escola.
No Brasil,aqueles que são mestres das artes,realizam curas,líderes religiosos de tradição oral,cantores,tocadores de intrumentos,contadores de histórias,etc. são considerados griôs. Facilitando o entendimento:sangue que circula...histórias que passam de um para outro,circulam...O conhecimento não fica parado,ele circula.Quem sabe passa seus conhecimento adiante! As comunidades possuem pessoas com saberes diversos e estas podem contribuir na construção de valores e saberes dos educandos.
A Secretaria Municipal de Educação Porto Alegre está intruduzindo este novo conceito,através da Padagogia Griô,onde através destes mestres o conhecimento é repassado aos alunos e professores de forma lúdica e consistente.
Alunos no mato nativo em atividade com os griôs
A EMEF. Chapéu do Sol recebeu,no mês de maio os griôs Márcio (Bahia) e Vanderlei(SMED/PA.).Eles realizaram uma atividade no mato nativo da escola - formaram uma grande roda -com as turmas dos anos iniciais. Com musicalidade, encantaram os alunos,trabalharam conceitos de bairro,cidade,páis,regiões,cultura,alimentos, etc.
O Griô Márcio estava em Porto Alegre para um evento pedagógico na UFRGS.
Os alunos ficaram concentrados na atividade e contribuiram com ritmo,respostas as questões durante as cantorias.As coordenadoras do Grupo Cultural Baobá também participaram da atividade e consideram que a oportunidade de conhecer um griô,tão renomado quanto o Márcio,foi um momento muito especial para a escola e contribuirá para que esta se organize para conduzir a nova proposta da secretaria.É uma oportunidade de explorar outras formas de ensinar,concluem!

sábado, 15 de setembro de 2012

Alunos conhecem territórios negros de Porto Alegre

Os alunos da EMEF.Chapéu do Sol visitam "Territórios negros" de Porto Alegre. No mês de abril,os alunos das turmas C10,corespondem ao 7ano do ensino fundamental de 9 anos,visitaram um roteiro por pontos de referência na cidade,que são considerados,pelos histpriadores de territórios negros. O objetivo é ampliar os conhecimentos sobre a história e a cultura do povo negro na capital do estado. O Rio Grande do Sul é conhecido como um estado onde a cultura do imigrante europeu é predominante.Muitos igniram que a presença do africanos foi grande não apenas nas charqueadas,mas nos campos e nas cidade.
A participação da escola, nesta atividade objetiva instrumentalizar os professores e alunos sobre os locais históricos da cidade,mas com um novo olhar.
Os locais visitados são:Mercado Público,antigo Largo da Forca(Praça Brigadeiro Sampaio-final da Andradas),Igreja das Dores-Pelourinho,Redenção,Colônia Africana (áreas hoje ocupadas pelos bairsso Bom Fim e Rio Branco),Quilombo Areal da Baronesa(Cidade Baixa),Ilhota(próx.Centro Municipal de Cutura e Largo Zumbi.